A vacina contra o HPV agora é administrada em dose única!
Uma mudança significativa que promete transformar o panorama da saúde pública no Brasil e além.
A decisão do Ministério da Saúde de adotar a dose única segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), baseada em estudos que demonstram a eficácia dessa abordagem.
A vacina em dose única não só simplifica o esquema de vacinação, mas também permite dobrar a capacidade de imunização com o estoque atual, intensificando a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus HPV.
Isso é particularmente relevante, considerando que o HPV é associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero, o terceiro tumor mais frequente entre as mulheres.
Além disso, a nova estratégia visa incluir pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos.
É importante destacar que, além das meninas e meninos de 9 a 14 anos, o público-alvo da vacinação foi expandido para incluir adolescentes até 19 anos não vacinados e pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR) como grupo prioritário. Essa inclusão é um passo crucial para aumentar a cobertura vacinal e oferecer proteção a um espectro mais amplo da população.
Em 2023, foram aplicadas mais de 6,1 milhões de doses da vacina contra o HPV, um aumento de 42% em relação a 2022. Esse aumento é um testemunho do esforço conjunto de estados e municípios que se uniram ao Ministério da Saúde no Movimento Nacional pela Vacinação, revertendo a tendência de queda nas coberturas dos principais imunizantes do calendário definido pelo PNI. A busca ativa por jovens de até 19 anos que ainda não receberam a vacina é uma estratégia que está sendo enfatizada para garantir que mais pessoas sejam protegidas.
A implementação da dose única da vacina HPV é um marco na saúde pública e um exemplo de como a ciência e a inovação podem levar a melhorias significativas na prevenção de doenças.
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